Uma das mudanças de regra implementadas pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) em 2009 atinge em cheio o jogador mais 'jovem' da modalidade: o líbero. A partir deste ano, em todas as competições em que for permitida a inscrição de mais de 12 jogadores, cada time deverá contar, obrigatoriamente, com dois atletas da posição defensiva (antes, as equipes poderiam escolher se registrariam um ou dois líberos por campeonato).
Com a mudança, os times poderão contornar os imprevistos causados por lesões, doenças ou até mesmo problemas técnicos de seus líberos titulares, e o número de atletas neste posicionamento provavelmente aumentará.
Titular incontestável da seleção brasileira na conquista do ouro olímpico nos Jogos de Pequim, no ano passado, Fabi mostrou simpatia pela nova regra, embora admita que ainda não compreendeu todos os pontos da mudança.
"Ainda não sei muito bem como vai funcionar, mas acho importante toda e qualquer mudança que venha em prol do vôlei", afirmou a jogadora do Rexona-Ades ao UOL Esporte durante evento realizado em São Paulo. "Vai ser bom, porque antigamente a gente não podia ter uma dor de cabeça, uma dor de barriga, tinha que jogar de qualquer jeito. Mas agora, mesmo tendo dois, a gente sempre quer jogar, né?".
Na opinião de Fabi, a mudança ainda poderá estimular o surgimento de outros atletas para a posição. "A concorrência sempre foi muito grande, porque o Brasil sempre teve tradição em líberos. Acho que se for para melhorar e aumentar a disputa, vale a pena", comentou a carioca.
A campeã olímpica ainda sugeriu nomes de possíveis 'rivais', destacando uma delas em especial. "No Brasil tem a Camila Brait, que é do Finasa e foi campeã mundial sub-20, a Suellen [São Caetano/Blausiegel], a Marcelinha [Brasil Telecom]. Mas eu acho que a Camila é a mais forte".
Convocada para a seleção de novas comandada pelo técnico Luizomar de Moura no ano passado, Camila Brait despontou em 2006, quando, aos 18 anos, foi eleita a melhor líbero do Mundial juvenil da Tailândia, vencido pelo Brasil. Em 2007 ela estreou na Superliga atuando pelo São Caetano e, em 2008, foi contratada pelo Finasa/Osasco para a atual temporada, chegando como uma das novas promessas do vôlei brasileiro.
Fabi, por sua vez, é um dos rostos frequentes da seleção adulta nos últimos anos. A líbero é presença constante em todas as convocações do técnico José Roberto Guimarães desde 2005, tendo deixado para trás a veterana Arlene.
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