quinta-feira, 24 de abril de 2008

Fabi: de férias, mas com cabeça em Pequim






Divulgação

FIVB
Fabi comemora vitória sobre Cuba na Copa do Mundo: segundo lugar no torneio

Campeã brasileira pelo Rio de Janeiro e convocada para as Olimpíadas de Pequim pelo técnico Zé Roberto Guimarães, a líbero Fabi curte merecidos dias de férias antes de se apresentar, no dia 5 de maio, para os treinos da seleção brasileira. Carioca da gema, a jogadora falou com o GLOBOESPORTE.COM, por telefone, enquanto curtia um belo dia de praia.

Apesar dos dias de descanso, Fabi já está pensando na volta ao trabalho. Afinal, em ano olímpico a imagem do topo do pódio não sai da cabeça das jogadoras.

- A gente entra de férias, mas sempre fica ligada na parte física. Sabemos que o tempo de preparação é curto. Mas é bom ter uns dias de descanso para ficar com a cabeça mais tranqüila. 

GLOBOESPORTE.COM
A cobrança faz parte e eu não vejo nada de excessivo. O que me chateia é essa história de "amarelar". A imagem que a gente quer passar é a de um time que luta, que briga, que tenta dar tudo de si em quadra.
Fabi, líbero da seleção brasileira
GLOBOESPORTE.COM

Os dias sem treinos vão servir, também, para Fabi tentar se recuperar de uma lesão em um dedo da mão, antes de se juntar ao restante do grupo que vai treinar no Centro de Treinamento de Saquarema.

- Não dá para jogar pelada na praia por causa do dedo. Nem frescobol estou jogando, com medo de piorar a lesão. Mas já joguei futvôlei, que é uma coisa que eu adoro.

 Maré calma na busca pela medalha dourada
Alexandre Arruda
CBV
Fabi tem se destacado em torneios internacionais pelo passe e defesa

Tantos cuidados têm razão de ser: a jogadora quer estar 100% quando se apresentar à comissão técnica do Brasil para poder ajudar a equipe a trilhar o caminho que traçou há quatro anos: o da final olímpica.

- Quando o Zé Roberto chegou à seleção feminina, a primeira pergunta que ele fez foi: "Qual a cor da medalha que vocês querem?". Ele, que já foi campeão olímpico, sabe o caminho que temos que seguir para chegar na decisão. Sabemos de tudo que temos que abdicar para chegar bem nas Olimpíadas. A trajetória não começou agora, mas há muitos anos. Quero representar bem o Brasil.

 Amarelona, não

Toda a tranqüilidade de Fabi só é interrompida quando a seleção feminina é tachada como "amarelona", ou seja, que não consegue manter os nervos no lugar na hora das decisões.

- A cobrança faz parte e eu não vejo nada de excessivo. O que me chateia é essa história de "amarelar". A imagem que a gente quer passar é a de um time que luta, que briga, que tenta dar tudo de si em quadra. Infelizmente, às vezes a gente não consegue vencer. Só a gente sabe o que passa para estar sempre em finais. Mas tento olhar tudo pelo lado bom. O brasileiro valoriza pouco o segundo lugar, não aceita menos do que o ouro. Mas isso é reflexo dos resultados que o vôlei vem obtendo e da massificação do esporte. Pior se não tivesse a cobrança. Sabemos que apesar das críticas, tem muita gente que torce pelo nosso sucesso.

 Caso Venturini: turbulência contornada sem problemas

Amiga pessoal de Fernanda Venturini, Fabi acredita que não é mais hora de se comentar sobre o pedido da jogadora de participar das Olimpíadas de Pequim. Segundo a líbero, em nenhum momento Zé Roberto pediu a sua opinião sobre o assunto.


- Comigo ele não conversou, mas pode ter falado com outras jogadoras. A gente sabe o valor da Fernanda, mas o Zé sabe o que é melhor para a seleção. Deixamos na mão dele, porque com certeza saberia fazer o que é melhor para o grupo.

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