domingo, 21 de dezembro de 2008

Após queda, Rio de Bernardinho dá troco no Osasco e leva o segundo torneio






Agência/Agencia Estado Agência/Agencia Estado

Time do Rio de Janeiro segura a taça do segundo torneio da Superliga Feminina

Bernardinho precisou de três dias para fazer suas jogadoras superarem uma derrota – a primeira na temporada 08/09 – e levá-las ao título do segundo torneio da Superliga. E foi preciso lembrá-las dos erros do passado a cada ponto. Em jogo tenso, neste domingo, na casa das rivais, o Rio de Janeiro começou arrasador, mas passou sufoco e só conseguiu derrotar o Osasco, carrasco da última quinta-feira, no tie break, por 25/19, 17/25, 23/25, 27/25 e 15/9. Na primeira fase, o Rio sagrou-se campeão ao vencer o Minas.

 

- Na última partida, nós tínhamos jogado muito abaixo do que costumamos jogar. Estamos conscientes de que não podemos repetir aquele desempenho - diz Fabi.

Os puxões de orelha do treinador surtiram efeito nos primeiros saques. E se ele dava as ordens do lado de fora da quadras, lá dentro o time carioca era comandado pela campeã olímpica Fabi e por Carol Gattaz. Joycinha começou mal, mas se recuperou ao longo da partida.

Bem no saque, forte no bloqueio e entrosado no ataque, o Rio de Janeiro manteve-se na frente durante todo o primeiro set. O Osasco ameaçou quando diminuiu para três a diferença (11 a 8). Mas o time da casa não se encontrava. Duas de suas principais armas, as também medalhistas olímpicas Sassá e Paula Pequeno, não estavam em um bom dia.

As cariocas chegaram ao primeiro set point com Carol Gattaz, mas Michelle desperdiçou ao sacar na rede. Carol recebeu outra bola na mão e fechou em 25 a 19.

Rio pára no segundo set, e Bernardinho pede ajuda a auxiliar

Fabi comemora ponto na vitória do Rio sobre o Osasco, na final do segundo turno

O time carioca parecia estar no caminho certo para a vitória, mas no segundo set tudo mudou. Com Lia no ataque e Sassá no saque, o Osasco fez três pontos seguidos no início da parcial e saiu na frente. Carol Albuquerque apostou em Thaisa e ela não decepcionou. Do outro lado, o Rio errava saques e ataques e parou de bloquear. Tudo parecia dar errado. A vantagem das donas da casa chegou a oito pontos (14 a 6).

A tensão de Bernardinho era tanta que, no tempo técnico (16 a 10), manteve-se quieto e pediu para o auxiliar, Hélio Griner, dar o puxão de orelha nas jogadoras. Eles apostaram em Monike, e o time reagiu. Mas era tarde. Com Thaisa, o Osasco fechou em 25 a 17.

Fabi dá susto, e Paula Pequeno perde a fita do cabelo


O grito de Carol Gattaz após o primeiro ponto do terceiro set dava uma mostra de que o Rio de Janeiro não tinha se abalado. Ela também marcou o segundo ponto, em um bloqueio. Com outra postura e contando com erros das rivais, a equipe carioca abriu 5 a 0.

O Osasco correu atrás do prejuízo. Diminuiu a diferença para 7 a 4 e até que um lance esquentou a partida. Uma bola para fora raspou no bloqueio de Carol Albuquerque. A levantadora assumiu, mas Fabiana não se conteve, e as duas discutiram na rede.

Apenas com Natália, que diminuiu a desvantagem para 14 a 11, o Osasco conseguiu voltar ao jogo e fez do set o melhor da partida. O time ainda fez mais um ponto, antes de ver a líbero do Rio de Janeiro, Fabi, machucar o joelho direito após um choque com Érika. Quando o Osasco ficou apenas um ponto atrás (16 a 15), até a fita de cabelo de Paula Pequeno caiu no chão.

 

O time do técnico Luizomar de Moura seguiu na cola e chegou ao empate com um bloqueio de Sassá em cima de Dani Lins, que errou uma bola de segunda: 20 a 20. Um bloqueio para fora de Carol Gattaz colocou o time na frente. A mesma Carol, ajudada por Érika, empatou bloqueando Thaisa. O jogo seguiu lá e cá e, numa bola para fora de Érika, o Osasco chegou ao set point, e virou o jogo co um bloqueio de Natália: 25 a 23.

Calmo, Bernardinho impede Rio de levar a virada

 Silvio Ávila/CBV Silvio Ávila/CBV

Regiane, do Rio de Janeiro, comemora no jogo contra o Osasco, na casa das rivais

O quarto set começou bem menos rápido, porém não menos equilibrado. O Rio precisava vencer para levar o jogo para o tie break. Mas era difícil abrir vantagem. Carol Gattaz alternava bons e maus momentos, dando esperança às rivais. O Rio estava a dois pontos da vitória (23 a 20) no set quando Natália deu vida ao Osasco, num bloqueio. Joycinha atacou para fora, e Adenísia, num bloqueio, empatou em 23 a 23. Thaisa errou o saque, e o Rio chegou ao set point. Natália empatou com uma bola na diagonal. O Rio teve outra chance de fechar, mas Paula Pequeno salvou. A equipe, no entanto, não conseguiu segurar o ataque, e deixou o jogo ir para o quinto set.

A torcida do Osasco se calou quando o Rio abriu dois pontos no último set, mas voltou a gritar quando time se aproveitou de um erro das rivais para empatar. As cariocas voltaram a abrir dois pontos (5 a 3) numa bola para fora de Natália. Pouco depois, ela cedeu mais um ponto (7 a 4) às adversárias. Quando a vantagem chegou a cinco pontos (11 a 6), um calmo Bernardinho conversava com a equipe no tempo técnico. E calma era só o que ele pedia. Alguns torcedores já tinham deixado o ginásio quando, num bloqueio, o Rio fechou a partida em 15/9, conquistando o título do segundo turno.

Leia as NOTÍCIAS atualizadas do Voleibol
Veja FOTOS do Voleibol
Assista VIDEOS Voleibol

0 comentários: