quinta-feira, 31 de julho de 2014

Fabi fala da estreia do Brasil no Grand Prix







Fabi ainda não sabe como vai se sentir nesta sexta-feira, quando acompanhar a estreia da seleção no Grand Prix pela televisão. Afinal, nos últimos anos ela participou de 11 edições do torneio e coleciona títulos (cinco no total). Sem se arrepender da decisão de dar adeus à seleção, a bicampeã olímpica sabe que o aperto no coração será, de fato, inevitável. Mas se sente segura pela opção que fez. O Brasil estreia contra a China, às 12h30 (de Brasília). 

- Eu estou, de certa forma, um pouco ansiosa, mas tranquila pela decisão que tomei. Ansiosa para ver como vou reagir não estando lá com as meninas. A primeira etapa vai ser fora, depois vou assistir como torcedora. Infelizmente essa decisão é inevitável. Em algum momento tinha que ser tomada. É o que eu sempre falo, que seja uma dor saudável. Uma saudade nostálgica, de algo que você sente falta porque foi importante na sua vida, e não de arrependimento - disse, durante a comemoração do Dia Olímpico, na quarta-feira, no Rio de Janeiro.

Se a saudade do clima e das amigas de seleção ainda preocupa, em termos de sucessão ela se diz tranquila. Fabi diz manter contato com a líbero Camila Brait e ainda dá alguns conselhos para a amiga. Aos 34 anos, a atleta confia no potencial de sua substituta. Com sensação de dever cumprido, ela reza para que sua saída do time de Zé Roberto Guimarães não seja sequer percebida.

- Eu disse para a Camila: ''Simplesmente jogue vôlei''. Ela não precisa ser nada além da Camila Brait. Se ela conseguir fazer o que faz nos treinos, talvez as pessoas nem percebam muito a saída da Fabi. É isso que eu gostaria. Que a Fabi seja lembrada como alguém que contribuiu para a seleção brasileira, e cuja ausência não seja sentida. Estou deixando uma jogadora que tem tanto ou mais qualidade do que eu - revelou.

Os estilos da antiga líbero e da atual são diferentes em termos de personalidade. Enquanto Fabi sempre foi uma referência de vibração dentro de quadra, Brait é tímida e discreta. Para a veterana, cada uma tem uma forma de se comportar. Enaltecendo a amiga, ela acredita que a jogadora titular vai usar a sua qualidade para que ninguém sinta a falta de seus famosos gritos durante os jogos do Brasil.

- Cada um tem uma maneira de lidar com as coisas. Eu sempre fui mais falante, mais participativa no sentido de falar mesmo. A Camila tem essa preocupação de ser a ''próxima Fabi'', de ter a Fabi como referência. Já disse que não tem essa. Nossa troca foi mútua. Eu aprendi com ela e pude passar algo da minha experiência. Se ela jogar o vôlei de qualidade que eu sei que pode, talvez as pessoas nem sintam falta dessa vibração. Existem outras jogadores que podem ajudar. Talvez a falta dos gritos não seja nem sentida, porque a qualidade da Camila vai sobressair. Se ela conseguir defender, não vai precisar gritar nada - disse.

Fabi se despediu da seleção brasileira no mês passado. Na ocasião, ela comunicou que seguiria em quadra apenas defendendo seu clube, o Rio de Janeiro. Além do apoio do técnico Zé Roberto Guimarães, ela conta que conversou muito com Bernardinho, seu amigo e comandante no equipe carioca. 

- Bernardinho é um amigo e conselheiro. Na época disse que achava cedo, mas que essa é uma decisão de foro íntimo. Por se tratar de uma decisão pessoal, ele disse que só pode me dar o suporte. Seja o suporte caso eu esteja tranquila ou suporte caso eu me arrependa. Se eu me arrepender, não tem problema nenhum em voltar atrás de uma decisão. Mas tenho quase certeza que isso não vai acontecer  - concluiu.

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