segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Seleção enaltece e Fabi vê Fofão "eterna" na memória das pessoas






Por mais de uma década, ela foi a reserva de Fernanda Venturini. Reservada, a levantadora Fofão costumeiramente passava discreta aos olhares dos torcedores, mas nos últimos anos a atleta assumiu papel de protagonista na seleção brasileira de vôlei e coroou a carreira com o ouro olímpico em Pequim. Neste domingo, o grupo da seleção não escondeu a emoção assim que o Brasil venceu a República Dominicana por 3 sets a 0, na decisão do Final Four, em Fortaleza. Era a despedida da camisa 7 da equipe.

Alexandre Arruda/CBV




Uma das mais emocionadas era a líbero Fabi, que já havia sido a primeira a homenagear a atleta nas Olimpíadas de Pequim com um forte abraço após o último ponto contra os EUA. "Naquele momento disse tudo o que eu queria para ela. O quanto sempre fui e vou continuar sendo sua fã não só pelo título olímpico, mas também por realizar vários sonhos de uma vez só. A Fofão será uma jogadora eternizada na memória das pessoas e eu vou poder contar para todo mundo que eu joguei ao lado dela, que eu passei e defendi para ela", exaltou a jogadora.

Apesar da emoção, o grupo aceitou a decisão de Fofão, que se aposentou da seleção para priorizar a família. "Vamos sentir a sua falta, mas com certeza, para ela será muito bom ter mais tempo para se dedicar à família e aos projetos que ela pretende desenvolver", apontou a meio-de-rede Fabiana.

A ponteira Valeskinha, uma das atletas que mais acompanharam a trajetória da levantadora na seleção, ressaltou a amizade feita com a jogadora. "O que mais eu admiro na Fofão é o seu profissionalismo. Fico impressionada com a preocupação que ela tem de colocar a bola do jeito que cada uma de nós gosta. Ela tem o maior carinho nisso, e para mim, essa atitude é espetacular. Tenho certeza que a Fofão deixará muitas saudades", explicou.

Porém foram as atletas mais novas da seleção que revelaram o maior carinho pela agora ex-companheira de seleção. "A Fofão serviu de exemplo todos esses anos. Quem jogou com ela, jogou. Quem não jogou, não joga mais. Me sinto muito feliz por ter tido a chance de jogar ao lado dela", disse a ponta Jaqueline.

Já o técnico José Roberto Guimarães enalteceu outro aspecto da levantadora. "Ela é como é pela família que tem, pelo berço que teve. Sempre foi uma pessoa com essa personalidade marcante. Calada, mas em pequenos gestos ela demonstra o que pensa e o que quer", destacou. Foi justamente o treinador quem levou Fofão a deixar de ser atacante, posição que tinha no início da carreira, para ser uma das levantadoras mais consagradas da história.

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